sexta-feira, 5 de março de 2010

A IMPORTÂNCIA DO TRATAMENTO PSICOLÓGICO APÓS A REALIZAÇÃO DA CIRURGIA BARIÁTRICA: QUANDO O QUE SE PERDE VAI ALÉM DO PESO. MENÇÃO HONROSA

Anna Claudia Queiroz e Niraldo de Oliveira Santos

Menção Honrosa NO III congresso interamericano de psicologia da saúde: territórios do psicólogo Hospitalar “O mapa não é território”, 2005.


Antes da cirurgia, a obesidade justificava uma série de impedimentos na obtenção de sucesso na vida afetiva e profissional. Com o emagrecimento e a perda da base de argumentação que fundamentava as impossibilidades frente à vida e ao mundo, o indivíduo se defronta com vivências psíquicas novas, levando a perdas: de peso; de ganhos secundários; do direito de se acomodar na vida profissional e na vida pessoal.
Há o aumento na exigência para estabelecer novos laços afetivos e na expectativa do campo profissional. Após a cirurgia ocorre a perda do direito de comer em excesso e a perda dos ganhos secundários que se obtinha com a obesidade.
Ao se construir uma série de exigências, que culminam com um alto grau de ansiedade para a efetivação do sucesso, podem-se desencadear crises psicológicas. Frente à impossibilidade de ingerir alimentos como antes, ocorre o investimento excessivo em outras atividades, visando o alívio de tensão ocasionado pela ansiedade, justificando a importância do tratamento psicológico no pós operatório da cirurgia bariátrica,

COMO PROCEDER COM RELAÇÃO À ALIMENTAÇÃO INFANTIL?

COMO PROCEDER COM RELAÇÃO À ALIMENTAÇÃO INFANTIL ?

Adelle Moade Ribeiro Souza


Comece cedo a prevenção

• A criança deve cultivar bons hábitos alimentares desde cedo.
• O consumo de frutas e verduras deve ser estimulado logo que a criança saia do aleitamento materno.
• Não desista diante da primeira recusa da criança em experimentar um novo alimento. Pesquisas mostram que se deve mostrar o mesmo alimento até oito vezes para uma criança até ela aceitá-lo
• Na primeira vez o alimento “novo” deve ser misturado a coisas que a criança gosta de comer.

Não utilize o alimento como Recompensa nem como Punição

• Nunca utilize os alimentos preferidos da criança desta forma.
• “Se não comer a salada não vai ao cinema, isso só faz com que o ódio e aversão pela salada aumentem”.

Não fazer dietas restritivas e nem proibir alimentos. Submeter a criança a dietas restritivas pode causar:

• Problemas no crescimento
• Deficiências no desenvolvimento cognitivo
• Favorecer o desenvolvimento de distúrbios alimentares (compulsão e anorexia).
• A restrição de alimentos leva a compulsão.
• Restringir o fast food, por exemplo, só vai isolar a criança e privá-la do convívio social. Deve-se controlar o acesso a este tipo de alimentação, não restringir.

Incentivar a Pratica de Exercícios

• Não “mande” seu filho se exercitar, mas escolha uma atividade que ele goste, só assim a criança será capaz de praticá-la regularmente.
• Os pais também devem dar o exemplo e compartilhar o habito do exercício.
• Não são necessárias “horas” de atividade física; para uma criança sedentária, essa atividade pode começar com um simples passeio com o cachorro.

Observe as Emoções do seu Filho

• Certos comportamentos como comparações entre irmãos ou certos modelos de comportamento devem ser evitados. Ex: criança ideal.
• Ou situações de stress e ansiedade como brigas e separações, carência afetiva-atitude de compensação através da alimentação.
• Geralmente a criança gorda ou magra demais terá problemas de auto-estima, porque a gordura e a magreza excessiva são visíveis, e, servem de motivo para brincadeiras e provocação de outras crianças.

Dê o exemplo
• A criança come “mal” porque aprendeu com alguém, ou foi está sendo ensinado e autorizado por alguém.

OBESIDADE INFANTIL

OBESIDADE INFANTIL


Adelle Moade Ribeiro Souza

Segundo a OMS, Organização Mundial de Saúde, deve-se adotar novas políticas governamentais (saúde, educação, mídia), com relação a obesidade infantil, pois este problema causa na criança um impacto no seu desenvolvimento físico e emocional, e na sociabilização , podendo desencadear depressão.

As estatísticas sinalizam que 30% dos adultos obesos foram crianças obesas (Castro e Morgan, 2006).

No Brasil a obesidade infantil aumentou 5 vezes nos últimos 20 anos. Observou-se que na Região Nordeste o aumento foi de 4%, enquanto na Região Sudeste foi de 6%. .Contrariamente, a desnutrição diminuiu, segundo a Abeso (Associação Brasileira para estudo da Obesidade)

O IMC , Índice da massa corpórea, não se aplica a crianças. Calcula-se a presença de obesidade infantil a partir de percentis, relacionando curvas específicas de acordo com idade e sexo. Pode-se considerar que o percentil de 85 a criança possui um sobrepeso, enquanto de 95 é considerada obeso. (National Center for Hea.lth Statistics, 2000)

Nos Pré-Natais a exposição à desnutrição e hiperglicemia ocasiona um retardo no
crescimento intra-uterino, possibilitando, com freqüência , aos 5 anos e na
adolescência o surgimento da obesidade

O aspecto genético é responsável por 40% a 70% no desencadear do sintoma obesidade na infância. Se nenhum dos pais é obeso, a possibilidade de ser é de 20%, se um é 40% e se ambos os pais são obesos a probabilidade é de 80%

Outros fatores de risco para o desenvolvimento da obesidade infantil são:

• Síndromes Genéticas
• Síndrome de Down
• Prader- Willi, Neste caso a. obesidade no 1º ano de vida se agrava, levando a um retardo desenvolvimento psicomotor, aonde o indivíduo não tem saciedade, comendo até finalizar o alimento que está ao seu alcance.
• Medicamentos, tais como: corticosteróides, drogas antípsicóticas, risperidona, carbamazepina, gerando ganho de peso.
• Lesões do sistema nervoso (hipotálamo)
• Síndrome da obesidade hipotalâmica
• Doenças Endócrinas
• Hipotireoidismo, hipercortisolismo
• sedentarismo

O Papel do psicólogo na obesidade infantil é avaliar os aspectos psíquicos existentes, a relação da criança com o grupo social, a dinâmica familiar , e a sua relação com a imagem corporal.

O tratamento deve ser realizado por uma equipe multiprofisional, É relevante ter o cuidado com a ambivalência em relação à comida, entre os aspectos Proibido X Permitido. Os métodos Coercitivos, enfocando a aversão atualmente é questionado.

Segundo o consenso Latino Americano em Obesidade o tratamento deve-se consistir em:

• Prevenção
• Informação nutricional nos rótulos dos alimentos.
• Currículos escolares com aulas de educação física e educação alimentar.
• Cantinas escolares com alimentos saudáveis
• Espaços de lazer, ciclovias. A atividade física é relevante no tratamento da obesidade.
• Regulamentar programas, diminuindo divulgação de alimentos hipercalóricos nos meios de comunicação.
• Não associar alimentos hipercalóricos com obtenção de brindes e brinquedos.

A nutricionista Suzana Franciscato realiza um trabalho nutricional enfatizando os benefícios dos alimentos, não enfocando o aspecto proibitivo, pois, psicologicamente a sensação de privação pode gerar ansiedade, e conseqüentemente, aumento da compulsão alimentar, agravando a obesidade.

Maiores detalhes sobre esta abordagem nutricional, entrar em contato com o seguinte
e-mail: www.nutriamigos.com.br - Suzana Franciscato (nutricionista)

TRANSTORNOS ALIMENTARES NA INFÂNCIA

TRANSTORNOS ALIMENTARES NA INFÂNCIA
Adelle Moade Ribeiro Souza


O transtorno alimentar com início na infância se caracteriza quando a problemática se desencadeia antes dos 14 anos de idade.
A recusa alimentar e inapetência é mais freqüente na infância entre os 14 meses aos 5 anos.
Observa-se que no primeiro ano esta postura de negação alimentar está vinculada a experiências subjetivas (ansiedades,desaceleração do crescimento). Aos 3 anos, a criança se utiliza da recusa como maneira de discriminar sua vontade ao do outro, como uma forma de controle do ambiente, ou por preferência pelo que gênero alimentício que tenha conhece , tendo dificuldade de experimentar algo novo, denominado como neofobia..

Os transtornos alimentares na infância observados são:

Anorexia

• Mais freqüente em meninas.
• Há dificuldade no Diagnóstico , pois não se utiliza como referência o IMC na infância, e a amenorréia (falta de menstruação), outro fator de referência para diagnosticar a anorexia, não é possível quando criança.
• A anorexia no menino ocorre em decorrência da preocupação com a forma, e na menina com o peso

Bulimia

• Início cada vez mais cedo (10 a 19 anos)
• É semelhante com a bulimia dos adultos
• Inicialmente apresenta o Transtorno de Compulsão Alimentar Periódica, que são episódios de compulsão alimentar, seguido de estratégia visando eliminar as calorias ingeridas, tais como: vomito; uso de laxante ou purgativo e exercício físico em excesso.
• A preocupação pelo possível ganho de peso está sempre presente, assim como pela imagem corporal.

Seletividade

• Preocupação excessiva por ingerir alimentos baseados em marcas (ex: sorvete Kibon) e a forma como são preparados.
• Não conseguem experimentar novos alimentos
• Normalmente apresentam dificuldades Sociais, principalmente eventos que envolvam refeições.

Recusa

• Não há medo mórbido de engordar nem distúrbio de imagem corporal
• Há um transtorno emocional primário ou doença física


Disfagia

• Medo de engolir, engasgar, vomitar – situações traumáticas precipitantes .

Pica

• A característica essencial da Pica é o consumo persistente de substâncias não nutritivas por um período de pelo menos 1 mês
• Bebês e crianças mais jovens tipicamente comem tinta, reboco, cordões, cabelos ou tecidos.
• Crianças mais velhas podem comer fezes de animais, areia, insetos, folhas ou pedregulhos.
• Adolescentes e adultos podem consumir argila ou terra. Não existe aversão à comida.
• Este comportamento deve ser inapropriado em termos evolutivos, e não deve fazer parte de uma prática culturalmente aceita .
• A Pica tem seu início na primeira infância e ocorre ocasionalmente, em mulheres grávidas
• Na maioria dos casos, o transtorno provavelmente dura vários meses, depois apresentando remissão
• Pode ocorrer durante o curso de outros transtornos mentais (por ex., na esquizofrenia, em decorrência de crenças delirantes).
• Procura do tratamento - quando o indivíduo se apresenta com alguma das várias complicações médicas gerais resultantes, tais como: envenenamento por chumbo em conseqüência da ingestão de tinta ou reboco com tinta; problemas mecânicos nos intestinos; obstrução intestinal decorrente da ingestão de bolas de cabelo; perfuração intestinal ou infecções tais como toxoplasmose como resultado da ingestão de fezes ou terra.



Transtorno da Ruminação

• A característica essencial do Transtorno de Ruminação consiste na repetida regurgitação e remastigação de alimentos, que se desenvolve em um bebê ou criança após um período de funcionamento normal e dura por pelo menos 1 mês .
• O alimento parcialmente digerido é regurgitado sem náusea, esforço para vomitar, repugnância ou transtorno gastrintestinal aparentes. O alimento é então ejetado da boca ou, mais comumente, mastigado e engolido de novo.
• Os sintomas não são devido a uma condição gastrintestinal ou outra condição médica geral associada (por ex., refluxo esofágico).
• Maior freqüência em bebês, mas pode ser visto em indivíduos mais velhos, particularmente naqueles que também apresentam Retardo Mental.
• O Transtorno de Ruminação parece ser incomum. É possível que ocorra com maior freqüência no sexo masculino.
• Idade de início está entre os 3 e os 12 meses e a remissão é espontânea.
• A ruminação deve ser diferenciada do vômito normal da primeira infância - natureza aparentemente voluntária da ruminação.
• O Transtorno de Ruminação não é diagnosticado se os sintomas ocorrem exclusivamente durante o curso de Anorexia Nervosa ou Bulimia Nervosa.

Transtornos Alimentares da 1ªInfância

• Segundo o DSM IV, a Perturbação na alimentação, manifestada por fracasso persistente em comer ou mamar adequadamente, com fracasso em ganhar peso, ou perda significativa de peso, ocorre ao longo de pelo menos 1 mês.
• A perturbação não se deve a uma condição gastrintestinal ou outra condição médica geral associada (por ex., refluxo esofágico)

VULNERABILIDADE PSÍQUICA E SINTOMAS PSICOLÓGICOS EM PACIENTES APÓS A CIRURGIA BARIÁTRICA

VULNERABILIDADE PSÍQUICA E SINTOMAS PSICOLÓGICOS EM PACIENTES APÓS A CIRURGIA BARIÁTRICA


Anna Claudia Queiroz, Niraldo de Oliveira Santos, Roberto Kikko, Moacir Fernandes.


Introdução: O tratamento cirúrgico da obesidade mórbida é uma alternativa cada vez mais utilizada, em decorrência do sucesso na redução do peso Sintomas de ordem psíquica são descritos em pacientes após gastroplastia, embora a literatura aponte para a importância de avaliar a pré-existência destes sintomas antes de tecermos associações dos mesmos ao procedimento cirúrgico. Do ponto de vista psicológico, a cirurgia bariátrica exige do paciente importantes adaptações às mudanças no pós-operatório.O acompanhamento psicológico, nestes casos, tende a obter maior eficácia quando se conseguem diagnosticar com maior precisão os períodos críticos do paciente após gastroplastia.

Objetivo: A finalidade deste estudo foi avaliar as fases de maior vulnerabilidade psíquica do paciente submetido à cirurgia de obesidade, e avaliar a qualidade de vida e a presença de sintomas psíquicos em pacientes pós-cirúrgicos, em comparação ao estado anterior referido pelos mesmos.

Métodos: Estudo transversal com a utilização de questionário desenvolvido pelos pesquisadores, contendo itens de identificação da amostra e Entrevista Psicológica Semi-dirigida. Foram incluídos 70 pacientes, que haviam se submetido à cirurgia bariátrica em momentos variados em relação ao procedimento cirúrgico.

Resultados: Dos pacientes investigados, 81% eram do gênero feminino, 50% possuíam idade entre 41 e 60 anos. Dos pacientes, 65% possuíam tempo de cirurgia entre 2 e 4 anos. O método “Capela” foi utilizado em 90% dos pacientes. Na ocasião do procedimento cirúrgico, 76% dos pacientes possuíam IMC acima de 41. Na ocasião do estudo, 68% apresentavam IMC entre 21 e 30. Quando avaliados acerca da presença de depressão, ansiedade e comer compulsivo, os dados observados antes da cirurgia foram, respectivamente, 58%, 88% e 86%. No momento do estudo, a presença de depressão foi referida em 26%, ansiedade, 43% e compulsão alimentar 18%. Dos pacientes investigados, 42% realizaram algum tipo de acompanhamento psicológico e 25% acompanhamento psiquiátrico após a cirurgia. Em relação as etapas vivenciadas no pós operatório constatou-se que: no 1º mês de cirurgia, os pacientes fizeram referências às mudanças corporais, decorrentes da intervenção cirúrgica; entre o 2º e o 3º mês o enfoque principal é a construção de um cardápio particular,e a alimentação passa a ser incluída na (re)socialização; por volta do 6º mês, foram relatadas aumento das atividades relacionais e sociais, culminando com o surgimento de conflitos e de exigências adaptativas. A referência aos efeitos colaterais perpassa os diversos estágios e merece ser considerada. Ocorre maior probabilidade de deslocamentos sintomáticos após o sexto mês de cirurgia.

Conclusão: Evidenciamos que no 1º mês após a cirurgia, bem como após o primeiro semestre, os pacientes mostram-se mais vulneráveis, favorecendo a eclosão de sintomas psíquicos que merecem intervenção cuidadosa por parte do psicólogo. A perda de peso e as mudanças decorrentes tanto podem fazer com que sintomas psíquicos fiquem ainda mais evidentes nos sujeitos operados, como também podem impulsioná-los a buscar novas estratégias de enfrentamento de situações antes paralisadoras. Conclui-se que é evidente a importância do acompanhamento psicológico, contribuindo com a melhora da qualidade de vida e na adaptação das mudanças inerentes a cirurgia bariátrica.


Palavras-Chaves: Cirurgia bariátrica. Vulnerabilidade psíquica. Sintomas psicológicos. Qualidade de vida.

GESTO- GRUPO ESPECIALIZADO NO TRATAMENTO DA OBESIDADE

GESTO-GRUPO ESPECIALIZADO NO TRATAMENTO MULTIPROFISSIONAL DA OBESIDADE


Anna Claudia Queiroz, Ana Rita Azevedo, Rosangela Araújo, Maria Lúcia Rebello, Lorena Lins, Irtes Ferreira, Andrea Pinchelli, Bruna Oneda, Patricia Pinchelli,Juliana Sales,
Catarina Harmbacher, Elaine Azevedo, Michele Pereira De Lima, Ana Lúcia Villaron,
Marco Pinheiro, Ana Silvia Pacheco Rosa, Roberto Kikko, Moacir Fernandes.



Introdução: A obesidade se caracteriza pelo aspecto multifatorial em seu desencadeamento e na sua manutenção. Conseqüentemente, é relevante o tratamento dessa sintomatologia por uma equipe multiprofissional. Objetivo: Visando intervir nos vários aspectos inerentes a obesidade, uma opção de tratamento é o trabalho conjunto de diversas especialidades. A presente forma de tratar vem sido utilizado pelo GESTO - Grupo Especializado no Tratamento da Obesidade - na UNIMED de São José dos Campos/SP.

Método: O GESTO é uma equipe multiprofissional composta por médicos, psicólogos, nutricionistas, gastrônomo; educadores físicos, fisioterapeutas e enfermeiro. O programa é destinado a pacientes com obesidade clínica, obesidade mórbida e pacientes que se submeteram à cirurgia bariátrica, que são encaminhados pelos médicos cooperados da UNIMED - São José dos Campos. A triagem é realizada pela enfermagem, e tem por objetivo constatar se o paciente tem indicação para o programa. Posteriormente, ocorre a entrevista inicial, realizada pela equipe de psicologia, através de duas consultas, com a finalidade de realizar um psicodiagnóstico, utilizando-se da entrevista clínica e dos questionários de avaliação. No primeiro atendimento psicológico, após o acolhimento do paciente no programa GESTO, é aplicado o Inventário Sobre Peso e Estilo de Vida (WALI) e o PRIME MD (avaliação de distúrbios mentais para atenção primária). A segunda entrevista tem por objetivo permitir ao paciente relatar sua história de vida, sua relação com o sintoma obesidade, e as motivações, conscientes e inconscientes, que o fizeram procurar o tratamento, clínico ou cirúrgico, da obesidade. Após a realização do psicodiagnóstico, os pacientes são direcionados para os grupos. O tratamento no GESTO é realizado por grupos terapêuticos e informativos. O grupo obesidade clínica tem como objetivo identificar os aspectos psíquicos inerentes ao desencadear do sintoma obesidade e sua manutenção, como também a relação do sujeito com sua alimentação e os cuidados corporais.O grupo destinado aos pacientes candidatos à cirurgia bariátrica também propicia a percepção sobre as motivações que o mobilizaram a optar pela intervenção cirúrgica, e a prepará-lo para o pós-operatório. O grupo para os pacientes que se submeteram a gastroplastia possibilita auxiliar as mudanças inerentes à cirurgia, que se inicia com a mudança no aparelho digestivo e na alimentação, e posteriormente com as mudanças corporais, decorrentes do processo de emagrecimento (imagem corporal, excesso de pele). No GESTO o trabalho do nutricionista, gastrônomo, fisioterapeuta e educador físico têm por finalidade informar e orientar aspectos relacionados à alimentação e a corporalidade. A psicologia tem por objetivo avaliar e intervir na dinâmica psíquica do sujeito e na sua relação com o alimento e o corpo, propiciando uma mudança subjetiva relativa ao sintoma, viabilizando a implicação do paciente com o seu adoecer.

Conclusão: O tratamento da obesidade pela equipe multiprofissional tem se mostrado uma estratégia eficaz, pois esta sintomatologia se caracteriza por apresentar aspectos multifatoriais. Conseqüentemente, o trabalho conjunto com as diversas especialidades, propicia o paciente a elaborar os vários fatores inerentes ao sintoma, e a se responsabilizar pelas mudanças de seu estilo de vida, auxiliando no tratamento médico, clínico ou cirúrgico, da obesidade.


Palavras-Chaves: Alimentação, Corporalidade, Obesidade, Equipe multiprofissional, Tratamento.

EMAGRECER OU SER EMAGRECIDO?RESPONSABILIDADE DO SUJEITO E DEMANDA DIRIGIDA À CIÊNCIA

EMAGRECER OU SER EMAGRECIDO?RESPONSABILIDADE DO SUJEITO E DEMANDA DIRIGIDA À CIÊNCIA



Anna Claudia Queiroz,Lorena Lis; Rosangela Araújo, Ana Rita Azevedo, Maria Lúcia Rebello, Irtes Ferreira, Andrea Pinchelli, Bruna Oneda, Patricia Pinchelli,Juliana Sales,
Catarina Harmbacher, , Ana Lúcia Villaron,, Ana Silvia Pacheco Rosa, Roberto Kikko, Moacir Fernandes.



Introdução: Um hábito é constituído por premissas e inferências, fundamentando uma crença. As crenças são elementos que norteiam os desejos e a ação do ser humano. Quando há dúvidas relativas às crenças, freqüentemente desencadeia angústia, mobilizando o sujeito a estabelecer uma nova rede de crenças. A obesidade se caracteriza pelo excesso de gordura corporal, e se desenvolve a partir de hábitos inadequados relativos à alimentação e aos cuidados corporais. Freqüentemente o paciente obeso deseja realizar mudanças de hábitos visando o emagrecimento, porém não apresenta recursos internos para sua realização. O tratamento no GESTO-Grupo Especializado no Tratamento da Obesidade - visa instaurar dúvidas relativas aos hábitos vigentes do obeso, com relação à comida e ao corpo, responsáveis pelo excesso de peso. Posteriormente se oferece uma nova rede de informações, visando fixar novas crenças. Porém, as informações apresentadas são elaboradas pelo sujeito, respeitando sua singularidade, viabilizando ocorrer uma mudança subjetiva frente ao sintoma obesidade e a resignificar os hábitos relacionados à alimentação e a corporalidade.

Objetivo: Este trabalho tem por objetivo apresentar uma forma de tratamento para a obesidade, realizado por uma equipe multiprofissional, com a finalidade de possibilitar o sujeito a realizar mudanças dos hábitos relacionado a alimentação e ao corpo.

Métodos: Análise quantitativa e qualitativa dos atendimentos realizados no período de Abril a Dezembro de 2008, na Unimed de São José dos Campos, em 174 pacientes, com o IMC maior que 35, para tratamento clínico e cirúrgico da obesidade, ou que já se submeteram a cirurgia bariátrica. Resultados: Da população atendida, 19% eram do gênero masculino e 81% feminino. Observou-se, no decorrer dos atendimentos, um contraste nos resultados entre os pacientes candidatos à cirurgia bariátrica e os que estão realizando o tratamento clínico da obesidade. Nos pacientes que esperam a realização da gastroplastia não houve um emagrecimento significativo, enquanto entre os pacientes do tratamento clínico ocorreu uma média de perda de peso por período (tempo do programa) de 3,62 kg. A partir da percepção da perda de peso, e no relato dos pacientes nas entrevistas com a equipe multiprofixssional, constatou-se diferentes posturas visando o emagrecimento. O grupo do tratamento clínico da obesidade aderiu às orientações do programa, mesmo que inserir os novos hábitos tenha sido gradativo. Os candidatos à gastroplastia apresentaram resistência, solicitando constantemente a intervenção cirúrgica imediata. A crença que a única forma de emagrecer é através da cirurgia bariátrica é evidente.

Conclusão: No tratamento visando uma mudança de hábitos alimentares e dos cuidados corporais, juntamente com a intervenção na dinâmica psíquica, tendo como um dos objetivos a perda de peso, os resultados se diferenciaram, dependendo da crença do paciente com relação a possíveis estratégias de emagrecimento, como a opção pela cirurgia bariátrica Conseqüentemente, é relevante no decorrer dos atendimentos pela equipe multiprofissional, enfatizar a importância das mudanças de hábitos, independente se o tratamento da obesidade for clínico ou cirúrgico, auxiliando o obeso na construção de uma nova rede de crenças relativa a alimentação e aos cuidados corporais, possibilitando uma melhora na qualidade de vida.



Palavras-Chaves: Implicação subjetiva, Crenças, Obesidade, Psicanálise, Resultados.

OBESIDADE E COMORBIDADES PSIQUIÁTRICAS: SINTOMAS PARALIZADORES DA VIDA

OBESIDADE E COMORBIDADES PSIQUIÁTRICAS: SINTOMAS PARALISADORES DA VIDA


Anna Claudia Queiroz,Lorena Lins, Ana Rita de Azevedo, Rosangela Araújo, Maria Lúcia Rebello, , Irtes Ferreira, Andrea Pinchelli, Bruna Oneda, Patricia Pinchelli,Juliana Sales,
Catarina Harmbacher, Elaine Azevedo, Michele Pereira De Lima, Ana Lúcia Villaron,
Marco Pinheiro, Ana Silvia Pacheco Rosa, Roberto Kikko, Moacir Fernandes.


Introdução: O sintoma pode emergir como uma resposta ao real. O desencadear de uma sintomatologia, muitas vezes, está associado com a vivência de uma situação traumática, de difícil elaboração psíquica. Em determinadas situações, observa-se que alguns sintomas emergem de conflitos vivenciados pelo sujeito, paralizando-o frente à vida, e levando-o a obter ganhos secundários com o adoecer. A obesidade, como também alguns transtornos psiquiátricos, justifica, para muitos pacientes, uma série de impedimentos na obtenção de sucesso na vida afetiva e profissional. Objetivo: Verificar o quanto o desencadear do sintoma obesidade, associado com alguns transtornos psiquiátricos, está relacionado com uma situação vivenciada, de difícil elaboração psíquica, e se a sua manutenção é decorrente de algum ganho secundário que se obtém com o adoecer.

Métodos: Análise quantitativa e qualitativa dos atendimentos realizados no período de Abril a Dezembro de 2008, na Unimed de São José dos Campos/ SP. O total de pacientes atendidos foi de 174. Além da entrevista clínica, utilizou-se o Inventário Sobre Peso e Estilo de Vida (WALI) e o PRIME MD (avaliação de distúrbios mentais para atenção primária).

Resultados: Da amostra, 19% era do gênero masculino, e 81 % do gênero feminino. Os transtornos psiquiátricos não foram identificados em 19% dos pacientes, sendo que os demais apresentaram entre um (16%), dois (30%) e até três (35%). das comorbidades psiquiátricas. O transtorno depressivo foi o mais freqüente, atingindo 119 pacientes, seguido do transtorno de ansiedade, com 110 pacientes. O distúrbio de pânico estava presente em 15 pacientes. Os transtornos psiquiátricos referentes à alimentação, tais como compulsão alimentar ou bulimia, foram diagnosticados em 65 sujeitos. Observou-se um índice elevado das comorbidades psiquiátricas associada ao sintoma obesidade. No relato da história de vida do sujeito, verificou-se uma relação do desencadear das referidas sintomatologias a uma situação de difícil elaboração psíquica, muitas vezes justificando a paralização frente à vida.

Conclusão: O sintoma obesidade, associada a outros transtornos psiquiátricos, parece ser um recurso psíquico que visa à defesa do sujeito a uma situação traumática. A remoção do sintoma obesidade, através da cirurgia bariátrica, por exemplo, sem cuidar dos aspectos psíquicos inerentes ao seu desencadear e sua manutenção, leva a uma grande probabilidade de substituição por outros sintomas, outras compulsões ou reganho de peso. Já no tratamento clínico da obesidade, se o sintoma tem uma função para o sujeito, e este não for tratado, o paciente apresenta dificuldades no emagrecimento, ou grande possibilidade de reganho de peso após emagrecer. Conseqüentemente, há um significado no sintoma, um sentido, que necessita de um código de decifração. O tratamento psicanalítico com pacientes obesos é uma possibilidade que viabiliza a constatação da função do sintoma, seja o excesso de peso, como as comorbidades psiquiátricas associadas. Tratar os ganhos secundários que se obtém com o adoecer é fundamental, auxiliando o sujeito na perda: do peso, dos ganhos secundários, do direito de se acomodar na vida profissional, e do direito de se acomodar na vida pessoal, propiciando-o a se defrontar com vivências psíquicas novas.


Palavras-Chaves: Obesidade, Transtornos psiquiátricos, Ganhos secundários, tratamento.

O CORPO COMO RASCUNHO DAS EMOÇÕES: DOS TRANSTORNOS ALIMENTARES À OBESIDADE MÒBIDA E O SEU RETORNO À PALAVRA

O CORPO COMO RASCUNHO DAS EMOÇÕES: DOS TRANSTORNOS ALIMENTARES À OBESIDADE MÒBIDA E O SEU RETORNO À PALAVRA



Anna Claudia Queiroz, Rosangela Araújo, Ana Rita Azevedo, Maria Lúcia Rebello, Lorena Lins, Irtes Ferreira, Andrea Pinchelli, Bruna Oneda, Patricia Pinchelli,Juliana Sales,
Catarina Harmbacher, Elaine Azevedo, Michele Pereira De Lima, Ana Lúcia Villaron,
Marco Pinheiro, Ana Silvia Pacheco Rosa, Roberto Kikko, Moacir Fernandes.




Introdução: A construção da identidade se estabelece na relação do sujeito com o seu corpo. É no complexo de Édipo que se realiza esta percepção.A função do pai na relação Edípica é estruturante do ponto de vista inconsciente, possibilitando o recalque originário, levando a criança a renunciar o objeto inaugural de seu desejo, tornando-o inconsciente. O significante Nome-do-pai produz o simbólico da linguagem, tendo como função perpetuar o objeto originário do desejo, atualizando a castração e propiciando o sujeito a simbolizar. Quando ocorrem as falhas daquele que poderia dizer “não”, no corte que possibilita o indivíduo a falar, o corpo passa a falar. O corpo como o rascunho das emoções, expressando as angústias e marcas da história de vida do sujeito. Apresentando dificuldade em simbolizar, o sintoma manifesto no corpo é uma nova nomeação, uma marca. O fato de o psíquico repousar sobre o orgânico facilita o desencadear de adoeceres.
É o analista que provoca novas formas de simbolização, levando o sujeito a não mais utilizar o corpo como rascunho das emoções, e sim a palavra.

Objetivo: O objetivo deste trabalho foi apresentar uma possibilidade de intervenção que convoque o sujeito à palavra. É solicitado ao sujeito relatar sua história, com a finalidade de refletir sobre o seu sintoma, com o seu sofrimento e com a suas experiências de vida.

Métodos: Os dados apresentados são registros do atendimento de um caso clínico e da discussão em supervisão, de uma paciente que apresentou na adolescência sintomas de anorexia e bulimia nervosa, e atualmente se submeteu à cirurgia bariátrica, por apresentar uma obesidade mórbida

Resultados: Na avaliação psicológica da cirurgia bariátrica é solicitado ao paciente relatar sua história de vida como possibilidade do sujeito elaborar suas vivências e o seu sintoma, a obesidade. ELA é candidata à cirurgia bariátrica, pois apresenta 163 kg. Ao recordar a sua infância menciona a postura de um pai agressivo, porém omisso na educação. A mãe era ausente em decorrência do medo que apresentava do marido, havendo falhas na maternagem. ELA na adolescência não era obesa, mas ao se olhar no espelho, achava que estava gorda, e passa a se utilizar a estratégia de comer e vomitar, e posteriormente de não comer, desencadeando sintomas de bulimia e anorexia nervosa. O sintoma de anorexia e a desnutrição geram a sensação de fragilidade. Um dia, a paciente é ameaçada fisicamente pelo pai e sente a necessidade de estar mais forte, voltando a comer compulsivamente, desencadeando uma obesidade mórbida, tendo a sensação de ter um corpo forte.

Conclusão: Conclui-se que o indivíduo que apresenta dificuldades em expressar as suas emoções verbalmente, utiliza o sintoma como a marca e escrita em seu corpo. O atendimento clínico teve como objetivo provocar o paciente a falar, a passar a usar as palavras como expressão, não mais o corpo. Ao constatar a função dos sintomas, que são os transtornos alimentares e a obesidade, surge a possibilidade de o sujeito a não fazer mais do corpo o rascunho das emoções.



Palavras-Chaves: Transtornos alimentares, Obesidade Mórbida, Cirurgia bariátrica, Corpo, Somatização.

Estudo psicológico: comparação do grau de resiliência em obesos classes 2 e 3- Alba Lucia Reyes de Campos.

Alba Lucia Reyes de Campos

A obesidade, doença com características epidêmicas em todo o mundo, exige novas formas de abordagem. O conceito de resiliência, definida como a capacidade de um ser humano se recuperar psicologicamente quando submetido às adversidades é bastante importante de ser estudado em relação à obesidade por poder influenciar no êxito do tratamento.

Neste estudo comparamos os níveis de resiliência em obesos classes 2 e 3 através da Escala Connor-Davidson de Resiliência e a utilização de questionário sociodemográfico. Foram avaliados 187 obesos sendo 91 da classe 2 e 96 classe 3, na maioria mulheres que tinham idade média de 44 anos, IMC médio de 37 e 45 respectivamente, com prevalência de mais de 9 anos de escolaridade, sem vínculo afetivo estável e com renda per capita média de 3,39 salários mínimos.

Os resultados mostram que não houve diferença significante dos níveis de resiliência entre os obeso classe 2 e 3 e que 84,5% dos sujeitos apresentaram nível normal de resiliência de acordo com o ponto de corte estabelecido.

Entre os fatores de risco investigados somente a presença de diabetes se revelou significante no grupo 3. Podemos concluir que o nível de resiliência auto-referida é alta nos dois grupos e não piora quando o grau de obesidade é mais grave.

INSATISFAÇÃO CORPORAL NA MODERNIDADE: UM ESTUDO PRELIMINAR PARA A VALIDAÇÃO DO INVENTÁRIO DE TRANSTORNOS ALIMENTARES (EDI- 3)- MARIA LÚCIA REBELLO

Maria Lucia R. Machado , Marlene Monteiro da Silva , Niraldo de Oliveira Santos ,
Dr. Arthur B. Garrido Junior , Dra. Mara Cristina Souza de Lucia

A insatisfação com o corpo é um fenômeno atual e de intensa magnitude, atingindo homens e principalmente as mulheres, sendo fator de risco para o inicio e manutenção de comportamentos alimentares inadequados.

O objetivo do presente estudo foi verificar se há diferença significativa entre homens e mulheres em relação à insatisfação com o corpo e se a insatisfação com o corpo é influenciada pelo IMC. O instrumento utilizado foi o Eating Disorder Inventory – EDI-3, aplicado em 157 indivíduos de ambos os sexos, com idade entre 18 e 61 anos, que não tinham o diagnóstico prévio de transtorno alimentar.

A partir da análise dos dados, concluiu-se que ambos os sexos estão insatisfeitas com o seu peso atual. O ideal de corpo ditado socialmente leva ambos os sexos a buscarem se enquadrar neste padrão.A insatisfação com o corpo torna-se então crônica, quando estes ideais não são alcançados.

Palavras-chave : imagem corporal ; transtorno alimentar ; EDI-3

Efeitos da suplementação protéica no pós-operatório de cirurgia bariátrica

RESUMO TESE DE MESTRADO: Nutricionista ANDRÉA MATTOS PINCHELLI

Efeitos da Suplementação Protéica no Pós-Operatório de Cirurgia Bariátrica Tipo “Fobi – Capella”.
Andréa Mattos Pinchelli; Prof. Dr. Valdemiro Carlos Sgarbieri; Prof. Dr. Bruno Geloneze Neto. Departamento de Alimentos e Nutrição – Faculdade de Engenharia dos Alimentos – FEA – Unicamp – Campinas – SP.

Introdução: Obesos mórbidos submetidos à cirurgia bariátrica passam por uma fase crítica e de difícil manutenção do equilíbrio bioquímico-nutricional e homeostático do organismo. A complementação protéica com preparados de alto valor nutritivo e boa aceitabilidade é recomendada. Utilizou-se uma mistura de isolado de proteínas do soro de leite bovino (WPI) e de um hidrolisado de colágeno bovino (HCB) na proporção 50:50, já testado em ratos quanto o seu valor nutritivo.

Objetivo: Realizou-se ensaio clínico com objetivo de avaliar o efeito de duas complementações protéicas, ou seja: gelatina hidrolisada combinada ao isolado de proteínas do soro do leite bovino ou caseína, no incremento de valor nutritivo e da dieta utilizada no pós-operatório por pacientes submetidos à cirurgia bariátrica (técnica Capella).

Metodologia: Ensaio prospectivo, com 17 pacientes que receberam a complementação protéica por 90 dias. O estado nutricional dos pacientes foi determinado pela avaliação antropométrica, composição corporal e ingestão alimentar. Os dados obtidos foram submetidos à análise estatística. Resultados e Discussão: A complementação praticada foi 18g/dia para as mulheres e 28g/dia para os homens, atingindo as necessidades protéicas preconizadas (WOODWARD 2001). A proteína ingerida (dieta + suplemento) foi de 51,81g/dia para mulheres e 61,81g/dia para homens. O complemento protéico testado apresentou vantagens sobre a caseína, com um índice de aceitação 30% maior, promovendo uma perda de massa gorda superior à caseína. A massa magra mantida durante a intervenção foi também superior no grupo experimental, comparada à caseína.

Conclusão: Embora as diferenças não tenham sido estatisticamente significativas, os dados mostraram tendência favorável ao grupo com complemento experimental indicando a necessidade de novos experimentos de maior duração e número de pacientes.

Caldos pós cirurgia bariátrica-Gastronomo Marco Antonio Pinheiro

As sopas

Gastronomo Marco Antonio Pinheiro

O modo de preparo das sopas nesta primeira fase deve ser feito exatamente como indicado, para ter um efeito positivo. O que pode variar é a combinação dos alimentos de cada grupo. Veja a tabela abaixo.

Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4
Frango sem pele Mandioca Escarola sem talo Cenoura
Carne bovina magra Batata Acelga sem talo Abóbora madura
Peixe Cará Alface sem talo Chuchu
Ovo Mandioquinha Chicória sem talo Beterraba
Macarrão para sopa Espinafre sem talo Vagem


Na composição das sopas deve haver a presença de um alimento de cada grupo. Por exemplo: Sopa de peito de frango, batata, espinafre e cenoura.
Para facilitar o dia-a-dia você pode comprar peito de frango, carne magra (patinho, coxão mole, alcatra), peixes magros (cação, pescada, linguado, tilápia) e porcioná-los em pequenas porções suficientes para uma ou duas preparações. Você pode utilizar saquinhos plásticos próprios para isso. Então você pode congelar. Quando for utilizar, descongele na geladeira um dia antes.
Como foi dito anteriormente, o tempero fico a seu gosto. A pasta de cebola, alho, salsão, etc... ajuda na elaboração. As ervas especiarias vão dar um toque especial.
O mais importante é deixar a sopa sem pedaços de carnes e legumes ou fibras de verduras. Então a melhor maneira de prepará-las é seguir o passo-a-passo descrito abaixo.

1- Antes de começar separe todos os ingredientes e utensílios que serão utilizados. Isso fará com que a sopa seja feita com rapidez e sem dor de cabeça.
2- Coloque a panela no fogo e deixe esquentar um pouco.
3- Coloque a carne que será utilizada. Deixe a carne grelhar um pouco e depois mexa, para que todos os lados fiquem bem corados. Isso ajuda a extrair muito sabor da carne.
4- Coloque os alimentos dos grupos 2 e 4. Deixe que eles fritem junto com a carne. Mexa sempre nesta etapa para não queimarem.
5- Acrescente a pasta de temperos. Preparada a seu gosto. E deixe refogar um pouco.
6- Acrescente a água ou o caldo base e logo em seguida o alimento do grupo 3 (verdura).
7- Quando começar a ferver, abaixe o fogo e deixe cozinhar em fogo brando.
8- Quando o líquido tiver reduzida ao ponto de não cobrir os legumes, verifique se eles já estão bem cozidos. Se não tiverem, acrescente um pouco mais de água.
9- Quando tudo estiver bem cozido, desligue o fogo e com cuidado retire a carne e as verduras.
10- Com a ajuda de um mixer ou liquidificador bata bem a sopa. Se for utilizar um liquidificador, tome cuidado, coloque um pano em cima da tampa e segure firme. Senão vai voar sopa pela cozinha inteira, inclusive em você.
11- Experimente. Se for necessário, corrija o sal. Coloque um fio de azeite e bom apetite.


Quantidade dos alimentos para a elaboração das sopas.

Grupo 1 – Coloque uma xícara de carne picada em cubos grandes.
Grupo 2 – Coloque duas xícaras do legume ralado.
Grupo 3 – Coloque 5 folhas grandes ou 10 folhas pequenas da verdura.
Grupo 4 – Coloque uma xícara do legumes ralado
Líquido – 10 xícaras de água ou de caldo.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

VITAMINA D

A vitamina do Sol

Sheila Maria Costa e Castro é Nutricionista do NAIS – Núcleo de Atenção Integral à Saúde – UNIMED – São José dos Campos - SP

Vivemos num país que recebe a luz solar o ano inteiro e, demasiadamente preocupados com a radiação, nem nos damos conta que isso é na verdade uma sorte, pois precisamos do sol o tempo todo para manter uma boa saúde.

Como em tudo na vida, o equilíbrio é o segredo e certamente não é necessário evitar os raios solares para se evitar as doenças. A exposição à radiação ultravioleta é a maior fonte de vitamina D para a maioria as pessoas, mas a localização geográfica e a estação do ano influem no risco de deficiência. Durante um período do ano, conhecido como “inverno da vitamina D”, a intensidade dos raios UVB enfraquece em algumas regiões terrestres, a ponto de afetar a produção dessa vitamina pela pele. A camada de ozônio bloqueia os raios UVB e eles são mais intensos próximo ao equador, onde o raio de sol percorre uma distância menor através da atmosfera.

Assim, para nós brasileiros, a síntese de vitamina D é possível o ano todo e por esse motivo podemos afirmar que viver na linha do Equador é mesmo uma sorte.

O cuidado com a saúde deve ser alvo da nossa atenção diária, mas existe um certo exagero no tocante ao uso de protetores solares, que bloqueiam grande parte dos raios UVB. Ora, são exatamente esses raios que, sob a ação do calor, estimulam os queratinócitos, nossas células da pele, a produzir a vitamina D. Países do primeiro mundo já suspeitam de que o uso excessivo de bloqueadores possa ser responsável pelo aumento dos casos de osteoporose em mulheres.

A vitamina D é produzida tanto por organismos vegetais como animais e desempenha papel preponderante na absorção de cálcio da alimentação. Nem é preciso dizer que se a absorção é adequada, a saúde óssea fica garantida. Porém, muitas vezes ela fica esquecida, o que acaba por gerar problemas que certamente aparecerão mais cedo ou mais tarde.

Atualmente fala-se muito na necessidade de uma ingestão adequada de fibras para controle da obesidade e dislipidemias, mas, sendo a vitamina D um composto lipossolúvel, também pode ter sua absorção prejudicada se o cardápio abusar daquelas do tipo solúvel, especialmente quando se utiliza compostos de fibras comercializados por aí, sem nenhum controle.

Peixes gordos, gema de ovo, fígado e manteiga podem ser consideradas boas fontes de vitamina D, mas a exposição solar é a melhor forma de assegurar um bom status no organismo. O leite materno é pobre em vitamina D e por esse motivo os bebês se beneficiam enormemente dos banhos de sol.

Pessoas com mais de sessenta anos tem a absorção diminuída e também precisam se expor mais ao sol. Bastam quinze minutos diários, com aproximadamente 30% do corpo a descoberto, para que o processo se complete. Após esse tempo, é não só necessário, mas imprescindível o uso do protetor solar, para que não se absorva a radiação, que em excesso já provou ser nociva à saúde da pele.

Uma saúde perfeita depende de muitos fatores e a alimentação nesse caso exerce papel relevante. Embora as vitaminas não sejam fontes de calorias, é importante observar que em alguns casos nem é preciso comer para se alcançar uma ingestão adequada.

É o caso da vitamina D, que durante um agradável banho de sol aparece como num passe de mágica, nos dando ossos mais fortes e garantindo o melhor aproveitamento do cálcio da dieta. Tome sol com freqüência, ele faz um grande bem à saúde, não engorda e é grátis!

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS

Doenças transmitidas por alimentos

Agência FAPESP

A carência de informações sobre higiene e segurança
alimentar, destinadas aos segmentos populacionais mais vulneráveis às
doenças transmitidas por alimentos (DTA), motivou o desenvolvimento de
um estudo coordenado por William Waissmann, pesquisador da Escola
Nacional de Saúde Pública (Ensp), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

A pesquisa levou à produção de um site e de vídeos educativos, a fim
de despertar a população para a prevenção das DTA, particularmente no
ambiente doméstico. Dados da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas)
indicam que metade dos casos de DTA ocorre no ambiente doméstico,
resultante de falhas higiênicas na manipulação dos alimentos.

O estudo apontou que a maioria dos entrevistados (82,1%) não conferia
etiquetas, composição, data de validade e origem dos alimentos. Metade
dos participantes desconhecia que alimentos sem alterações nas suas
características sensoriais podem causar doenças e que produtos
refrigerados devem ser selecionados ao final das compras.

Um terço não conferia as condições dos ovos e 10% compravam ou
consumiam carnes oriundas do comércio ambulante. Além disso, 71% dos
entrevistados nunca foram orientados sobre o assunto em consultas com
diferentes profissionais de saúde.

O site Cuidar dos Alimentos conta com áreas especiais para os públicos
infantil e adulto e aborda questões relacionadas a compra, preparo,
armazenamento e conservação de alimentos no ambiente doméstico.

Os vídeos estão disponíveis no site. Os dirigidos a adultos enfocam os
temas “Alimento seguro”, “Doenças transmitidas por alimentos”,
“Família vai às compras”, “Parar de fumar” e “Terceira Idade”. Os
vídeos para crianças são “Mamãe e bebê” e “Canal saúde”.

“A expectativa é que os recursos educativos possam ser aplicados em
diferentes ambientes, como bibliotecas públicas, unidades de saúde,
universidades, entidades e órgãos públicos, grupos da terceira idade e
escolas”, disse Waissmann.

A pesquisa e seus produtos serão apresentados no dia 30 de março, às
14 horas, no auditório térreo da Ensp. A equipe técnica do projeto é
formada pelas pesquisadoras Alessandra Veggi, Cristiane Miranda da
Silva, Ivone Costa Soares e Tatiana Pastorello.

RELAÇÃO DE PESO E CÂNCER

Relação de peso

Agência FAPESP

Pelo menos 124 mil novos casos de câncer em 2008 na Europa podem ter sido causados pelo excesso de peso, segundo estimativas feitas por uma nova pesquisa. A proporção de casos de novos cânceres atribuíveis a um índice de massa corporal (IMC) de 25 kg/m2 ou mais foi mais alto entre mulheres e em habitantes de países na região central do continente, como República Checa, Letônia, Eslovênia e Bulgária.

“À medida que mais pessoas deixam de fumar e menos mulheres façam a terapia de substituição hormonal, é possível que a obesidade possa se tornar a principal causa de câncer em mulheres na próxima década”, disse o autor principal do estudo, Andrew Renehan, da Universidade de Manchester.

Resultados do trabalho foram apresentados no maior encontro sobre câncer na Europa, que reuniu o 15º Congresso da Organização Europeia do Câncer e o 34º Congresso da Sociedade Europeia de Oncologia Médica, realizado no fim de setembro em Berlim, na Alemanha.

Renehan e os colegas do Reino Unido, Holanda e Suíça criaram um modelo para estimar a proporção de cânceres que podem ser atribuídos ao peso corporal excessivo em 30 países europeus.

Usando dados de um número de fontes, entre as quais a Organização Mundial da Saúde e a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer, os pesquisadores estimaram que em 2002 (o ano mais recente para o qual há estatísticas confiáveis da incidência de câncer na Europa) houve mais de 70 mil novos casos do câncer atribuíveis ao IMC excessivo de um total de quase 2,2 milhões de novos diagnósticos da doença nos países analisados.

A porcentagem de cânceres relacionados com a obesidade variou largamente entre os países, de 2,1% das mulheres e 2,4% dos homens na Dinamarca a 8,2% e 3,5%, respectivamente, na República Checa. Na Alemanha, os números foram 4,8% (das mulheres) e 3,3% (dos homens), enquanto que no Reino Unido ficaram em 4% e 3,4 %.

Em seguida, os pesquisadores projetaram os números até 2008, considerando o que era conhecido sobre mudanças na distribuição de IMC, o declínio dramático no uso da terapia de substituição hormonal pelas mulheres desde 2002 (após estudos terem indicado sua relação com o aumento no risco de câncer de mama) e o aumento no uso do teste de PSA para câncer de próstata em homens.

O estudo indicou que os números de cânceres que podem ser atribuídos ao peso excessivo aumentaram ano a ano até chegar aos 124.050 em 2008. Dos novos casos de doença, 8,6% em mulheres e 3,2% em homens podem ser atribuídos à obesidade ou sobrepeso.

O maior número de novos casos de doença relacionados ao excesso de peso ficou com o câncer endometrial (33.421), câncer de mama pós-menopausa (27.770) e câncer colorretal (23.730). Os três tipos responderam por 65% de todos os cânceres atribuíveis ao IMC excessivo.

“É importante destacar que não estamos tentando ser sensacionalistas. Essas estimativas são muito conservadoras e é bastante provável que os números sejam, de fato, muito mais altos”, disse Renehan.

Os resultados do trabalho serão publicados em breve pela revista International Journal of Cancer, no artigo Incident cancer burden attributable to excess body mass index in 30 European countries

PROBLEMA DE PESO EM IDOSOS

Problema de peso

Agência FAPESP

Mais da metade dos idosos no Estado de São Paulo estão com sobrepeso, de acordo com pesquisa feita pela Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo.

O trabalho foi feito entre 2007 e 2008 e avaliou 5.957 pacientes acima dos 60 anos que passaram por atendimento no Sistema Único de Saúde. O resultado apontou que 52% estavam acima do peso considerado ideal. O levantamento apontou também que a obesidade é ainda maior entre as mulheres: 55,9%, contra 44,6% dos homens.

Segundo a Secretaria da Saúde, alguns fatores, como sedentarismo, problemas hormonais e má alimentação, explicam os resultados, mas é preciso ficar alerta. O sobrepeso pode causar problemas como hipertensão, acidente vascular cerebral, infarto, incapacidade de movimentação, diabetes, entre outros problemas.

“São dados preocupantes e que exigem uma atenção redobrada desses idosos. Descuidar da alimentação ou adotar um hábito de vida sedentário colaboraram e muito para a obesidade. É preciso lembrar também que, após os 60 anos, o metabolismo fica cada vez mais lento, o que dificulta a perda de peso”, disse África Isabel Neumann, nutricionista da Divisão de Doenças Cônicas da Secretaria.

Adotar ações simples podem ajudar os idosos a evitar a obesidade. É importante adotar uma alimentação saudável, rica em frutas, verduras e legumes, praticar alguma atividade física, evitar alimentos gordurosos e beber bastante água durante o dia. Medidas como essas ajudam a ter uma vida com mais qualidade e saúde.

O OUTRO LADO DA BALANÇA-ATIVIDADE FÍSICA

O outro lado da balança

Por Alex Sander Alcâncara

Agência FAPESP

A atividade física é capaz de restaurar a sensibilidade dos neurônios envolvidos no controle da saciedade, o que pode contribuir para a redução da ingestão alimentar e, consequentemente, do peso corporal. Essa é uma das conclusões de um estudo apresentado durante a 24ª Reunião Anual da Federação das Sociedades de Biologia Experimental (Fesbe).

O trabalho aponta evidências de que mamíferos obesos apresentam falhas na transmissão de sinais em neurônios que controlam a saciedade. Essas falhas podem ser determinantes para a prevalência da obesidade. Até então se achava que o exercício físico aumentaria o gasto energético e que, apenas por isso, provocaria a diminuição do peso.

O estudo, intitulado “Sistema nervoso central e o controle da ingestão alimentar: o papel do exercício físico”, foi realizado por Eduardo Rochete Ropelle, pesquisador da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Campinas (Unicamp) e do Instituto de Obesidade e Diabetes.

“O papel do exercício pode ir além da simples queima de calorias. Pode causar uma melhora no sistema nervoso, controlando a saciedade e diminuindo o apetite. Em outras palavras, é possível que a atividade física controle o outro lado da balança”, disse Ropelle à Agência FAPESP.

Segundo o pesquisador, a atividade física pode ser benéfica para o “apetite dos obesos”. Haveria uma espécie de equilíbrio dinâmico para evitar tanto o acúmulo excessivo de energia quanto o gasto excessivo.

PERDER PESO PODE MELHORAR SINTOMAS DE DEPRESSÃO

Perder peso pode melhorar sintomas da depressão

Patricia Zwipp
Getty Images

CONTRIBUIÇÃO DO ARTIGO: JÚLIO (PACIENTE DO GESTO)

Pesquisas apontam que a perda de peso melhora a depressão

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Perder peso e voltar a ficar de bem com a balança não garante apenas corpo bonito, bom humor e saúde física. Também pode colaborar no tratamento da depressão, como constatou um estudo de pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos.

Os resultados foram apresentados no 17° Encontro Anual da Sociedade para o Estudo do Comportamento Ingestivo, na cidade americana de Portland, em Oregon.

Os cientistas montaram um programa de emagrecimento com duração de seis meses.
O grupo de 51 participantes, que contava com depressivos e não-depressivos, mudou o estilo de vida e fez substituições no cardápio.

No final, além de todos emagrecerem significativamente (depressivos totalizaram 8% menos peso, enquanto os outros chegaram a 11%), os portadores da neurose conquistaram melhoras nos sintomas da doença, o que foi concluído por meio de um questionário.

"A pesquisa é inovadora, pois deprimidos normalmente não são incluídos no processo de perda de peso devido à preocupação de que o fato possa piorar a depressão", disse Lucy Faulconbridge, autora principal da pesquisa.
"Essas preocupações, no entanto, não são baseadas em evidências empíricas e a exclusão de indivíduos deprimidos da perda de peso significa que não estamos aprendendo nada sobre essa população de alto risco", disse ao site Science Daily.

Os depressivos também obtiveram redução nos níveis de triglicérides no sangue, diminuindo as chances de desenvolver patologias cardíacas e acidente vascular cerebral. "Depressão e obesidade estão independentemente associadas ao risco aumentado desses problemas e, por isso, a redução no peso corporal e dos sintomas da depressão sugerem melhoras na saúde a longo prazo", disse Lucy. Os dados fornecidos pela pesquisa destacam a necessidade de mais investigação sobre os efeitos da redução do peso em quem sofre de transtornos psiquiátricos.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Riscos da obesidade se equiparam aos do fumo nos EUA

Riscos da obesidade se equiparam aos do fumo nos EUA
7 de janeiro de 2010

Contribuição do artigo: Júlio César (paciente do GESTO)

A obesidade, que assusta cada vez mais médicos e governos, se tornou tão ou mais nociva do que o tabagismo nos Estados Unidos. Essa é a conclusão de um estudo recente publicado na edição de fevereiro do American Journal of Preventive Medicine.
A pesquisa, que durou mais de 15 anos, analisou os registros médicos de mais de 3,5 milhões de adultos. Para medir os danos da obesidade e do fumo, os pesquisadores da Columbia University, em parceria com o City College of New York, calcularam um índice reconhecido pela sigla em inglês Qalys (Quality-Adjusted Life Years).
Esse índice quantifica os benefícios e malefícios causados por doenças, tratamentos ou lesões.
Depois de analisar o histórico das pessoas pesquisadas, os especialistas concluíram que, de 1993 a 2008, a proporção de fumantes diminuiu 18,5%, enquanto a perda de Qalys por causa do tabagismo permaneceu estável, em 0,0438. No mesmo período, a proporção de obesos aumentou 85%, o que significou uma perda de 0.0464 Qalys. O tabagismo causou mais mortes, mas a obesidade causou mais doenças. Os resultados mostraram que existe apenas uma pequena diferença entre os dois males, apontando que a obesidade pode ter se tornado, inclusive, mais prejudicial que o cigarro.
Outra pesquisa divulgada recentemente aponta para o perigo que o ganho de peso e o tabaco podem representar para saúde pública. Segundo o estudo, se os índices de obesidade e de fumantes nos Estados Unidos permanecerem inalterados nos próximos anos, a expectativa de vida poderá sofrer queda de até nove meses.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

INICIAMOS 2010 COM O TEXTO DE MARIO QUINTANA

Inicianos 2010 com o Texto de Mário Quintana



"Somos donos de nossos atos,
mas não somos donos de nossos sentimentos;
Somos culpados pelo que fazemos,
mas não somos culpados pelo que sentimos;
Podemos prometer atos,
mas não podemos prometer sentimentos...
Atos são pássaros engaiolados,
Sentimentos são pássaros em vôo".

Mário Quintana