Riscos da obesidade se equiparam aos do fumo nos EUA
7 de janeiro de 2010
Contribuição do artigo: Júlio César (paciente do GESTO)
A obesidade, que assusta cada vez mais médicos e governos, se tornou tão ou mais nociva do que o tabagismo nos Estados Unidos. Essa é a conclusão de um estudo recente publicado na edição de fevereiro do American Journal of Preventive Medicine.
A pesquisa, que durou mais de 15 anos, analisou os registros médicos de mais de 3,5 milhões de adultos. Para medir os danos da obesidade e do fumo, os pesquisadores da Columbia University, em parceria com o City College of New York, calcularam um índice reconhecido pela sigla em inglês Qalys (Quality-Adjusted Life Years).
Esse índice quantifica os benefícios e malefícios causados por doenças, tratamentos ou lesões.
Depois de analisar o histórico das pessoas pesquisadas, os especialistas concluíram que, de 1993 a 2008, a proporção de fumantes diminuiu 18,5%, enquanto a perda de Qalys por causa do tabagismo permaneceu estável, em 0,0438. No mesmo período, a proporção de obesos aumentou 85%, o que significou uma perda de 0.0464 Qalys. O tabagismo causou mais mortes, mas a obesidade causou mais doenças. Os resultados mostraram que existe apenas uma pequena diferença entre os dois males, apontando que a obesidade pode ter se tornado, inclusive, mais prejudicial que o cigarro.
Outra pesquisa divulgada recentemente aponta para o perigo que o ganho de peso e o tabaco podem representar para saúde pública. Segundo o estudo, se os índices de obesidade e de fumantes nos Estados Unidos permanecerem inalterados nos próximos anos, a expectativa de vida poderá sofrer queda de até nove meses.