sexta-feira, 5 de março de 2010

Efeitos da suplementação protéica no pós-operatório de cirurgia bariátrica

RESUMO TESE DE MESTRADO: Nutricionista ANDRÉA MATTOS PINCHELLI

Efeitos da Suplementação Protéica no Pós-Operatório de Cirurgia Bariátrica Tipo “Fobi – Capella”.
Andréa Mattos Pinchelli; Prof. Dr. Valdemiro Carlos Sgarbieri; Prof. Dr. Bruno Geloneze Neto. Departamento de Alimentos e Nutrição – Faculdade de Engenharia dos Alimentos – FEA – Unicamp – Campinas – SP.

Introdução: Obesos mórbidos submetidos à cirurgia bariátrica passam por uma fase crítica e de difícil manutenção do equilíbrio bioquímico-nutricional e homeostático do organismo. A complementação protéica com preparados de alto valor nutritivo e boa aceitabilidade é recomendada. Utilizou-se uma mistura de isolado de proteínas do soro de leite bovino (WPI) e de um hidrolisado de colágeno bovino (HCB) na proporção 50:50, já testado em ratos quanto o seu valor nutritivo.

Objetivo: Realizou-se ensaio clínico com objetivo de avaliar o efeito de duas complementações protéicas, ou seja: gelatina hidrolisada combinada ao isolado de proteínas do soro do leite bovino ou caseína, no incremento de valor nutritivo e da dieta utilizada no pós-operatório por pacientes submetidos à cirurgia bariátrica (técnica Capella).

Metodologia: Ensaio prospectivo, com 17 pacientes que receberam a complementação protéica por 90 dias. O estado nutricional dos pacientes foi determinado pela avaliação antropométrica, composição corporal e ingestão alimentar. Os dados obtidos foram submetidos à análise estatística. Resultados e Discussão: A complementação praticada foi 18g/dia para as mulheres e 28g/dia para os homens, atingindo as necessidades protéicas preconizadas (WOODWARD 2001). A proteína ingerida (dieta + suplemento) foi de 51,81g/dia para mulheres e 61,81g/dia para homens. O complemento protéico testado apresentou vantagens sobre a caseína, com um índice de aceitação 30% maior, promovendo uma perda de massa gorda superior à caseína. A massa magra mantida durante a intervenção foi também superior no grupo experimental, comparada à caseína.

Conclusão: Embora as diferenças não tenham sido estatisticamente significativas, os dados mostraram tendência favorável ao grupo com complemento experimental indicando a necessidade de novos experimentos de maior duração e número de pacientes.