Alba Lucia Reyes de Campos
A obesidade, doença com características epidêmicas em todo o mundo, exige novas formas de abordagem. O conceito de resiliência, definida como a capacidade de um ser humano se recuperar psicologicamente quando submetido às adversidades é bastante importante de ser estudado em relação à obesidade por poder influenciar no êxito do tratamento.
Neste estudo comparamos os níveis de resiliência em obesos classes 2 e 3 através da Escala Connor-Davidson de Resiliência e a utilização de questionário sociodemográfico. Foram avaliados 187 obesos sendo 91 da classe 2 e 96 classe 3, na maioria mulheres que tinham idade média de 44 anos, IMC médio de 37 e 45 respectivamente, com prevalência de mais de 9 anos de escolaridade, sem vínculo afetivo estável e com renda per capita média de 3,39 salários mínimos.
Os resultados mostram que não houve diferença significante dos níveis de resiliência entre os obeso classe 2 e 3 e que 84,5% dos sujeitos apresentaram nível normal de resiliência de acordo com o ponto de corte estabelecido.
Entre os fatores de risco investigados somente a presença de diabetes se revelou significante no grupo 3. Podemos concluir que o nível de resiliência auto-referida é alta nos dois grupos e não piora quando o grau de obesidade é mais grave.