sexta-feira, 5 de março de 2010

OBESIDADE INFANTIL

OBESIDADE INFANTIL


Adelle Moade Ribeiro Souza

Segundo a OMS, Organização Mundial de Saúde, deve-se adotar novas políticas governamentais (saúde, educação, mídia), com relação a obesidade infantil, pois este problema causa na criança um impacto no seu desenvolvimento físico e emocional, e na sociabilização , podendo desencadear depressão.

As estatísticas sinalizam que 30% dos adultos obesos foram crianças obesas (Castro e Morgan, 2006).

No Brasil a obesidade infantil aumentou 5 vezes nos últimos 20 anos. Observou-se que na Região Nordeste o aumento foi de 4%, enquanto na Região Sudeste foi de 6%. .Contrariamente, a desnutrição diminuiu, segundo a Abeso (Associação Brasileira para estudo da Obesidade)

O IMC , Índice da massa corpórea, não se aplica a crianças. Calcula-se a presença de obesidade infantil a partir de percentis, relacionando curvas específicas de acordo com idade e sexo. Pode-se considerar que o percentil de 85 a criança possui um sobrepeso, enquanto de 95 é considerada obeso. (National Center for Hea.lth Statistics, 2000)

Nos Pré-Natais a exposição à desnutrição e hiperglicemia ocasiona um retardo no
crescimento intra-uterino, possibilitando, com freqüência , aos 5 anos e na
adolescência o surgimento da obesidade

O aspecto genético é responsável por 40% a 70% no desencadear do sintoma obesidade na infância. Se nenhum dos pais é obeso, a possibilidade de ser é de 20%, se um é 40% e se ambos os pais são obesos a probabilidade é de 80%

Outros fatores de risco para o desenvolvimento da obesidade infantil são:

• Síndromes Genéticas
• Síndrome de Down
• Prader- Willi, Neste caso a. obesidade no 1º ano de vida se agrava, levando a um retardo desenvolvimento psicomotor, aonde o indivíduo não tem saciedade, comendo até finalizar o alimento que está ao seu alcance.
• Medicamentos, tais como: corticosteróides, drogas antípsicóticas, risperidona, carbamazepina, gerando ganho de peso.
• Lesões do sistema nervoso (hipotálamo)
• Síndrome da obesidade hipotalâmica
• Doenças Endócrinas
• Hipotireoidismo, hipercortisolismo
• sedentarismo

O Papel do psicólogo na obesidade infantil é avaliar os aspectos psíquicos existentes, a relação da criança com o grupo social, a dinâmica familiar , e a sua relação com a imagem corporal.

O tratamento deve ser realizado por uma equipe multiprofisional, É relevante ter o cuidado com a ambivalência em relação à comida, entre os aspectos Proibido X Permitido. Os métodos Coercitivos, enfocando a aversão atualmente é questionado.

Segundo o consenso Latino Americano em Obesidade o tratamento deve-se consistir em:

• Prevenção
• Informação nutricional nos rótulos dos alimentos.
• Currículos escolares com aulas de educação física e educação alimentar.
• Cantinas escolares com alimentos saudáveis
• Espaços de lazer, ciclovias. A atividade física é relevante no tratamento da obesidade.
• Regulamentar programas, diminuindo divulgação de alimentos hipercalóricos nos meios de comunicação.
• Não associar alimentos hipercalóricos com obtenção de brindes e brinquedos.

A nutricionista Suzana Franciscato realiza um trabalho nutricional enfatizando os benefícios dos alimentos, não enfocando o aspecto proibitivo, pois, psicologicamente a sensação de privação pode gerar ansiedade, e conseqüentemente, aumento da compulsão alimentar, agravando a obesidade.

Maiores detalhes sobre esta abordagem nutricional, entrar em contato com o seguinte
e-mail: www.nutriamigos.com.br - Suzana Franciscato (nutricionista)